9 de junho de 2011

O tempo passa como um vento forte, fazendo meus olhos se fecharem por um momento e em seguida, tudo parece igual como era antes, mas é dificil perceber mudanças na estória, quando o sujeito principal é voçe.
Penso em mim e digo que, sempre fui assim, sou o que sou e é isso...
mas olhando atentamente, vejo minhas mãos..., meu olhar encharcado e sem brilho no espelho...
não me lembro mais dos meus objetivos, não fracassei nem tive exito, o prazer não me satisfaz e a dor é passageira...
Toda promessa é uma mentira, toda fé é uma promessa, e a vida é uma mentira mantida puramente pela fé.
Quem está a seu lado neste momento?
Olhe ao redor, em meio ao burburin do cotidiano, entre “parentes” e “amigos”, vizinhos e desconhecidos, transeuntes e animais de estimação, voçe está só, não importa o que diga e o quanto se apegue, voçe está só, olhe para o lado e diga: eu te amo para alguém, olhe em seus olhos, é verdade, estas palavras realmente serão sinceras, mas o que verá, além de seu proprio reflexo?
O amor não é incondicional nem eterno, afirmo isso sem grande convicção e com um certo rancor, já que ao dizer de tal assunto me sinto um tanto obtuso, talvez quem sabe pela falta de um "objeto de comparação".
Passei 31 anos desta vida atrás de quiméras, um caçador atirando lanças em sombras, o que fazer quando um “buscador sincero” perde seu objetivo?
Tento ver atravez da dualidade e da relatividade, mas não vejo nada, tento meditar, pra encontrar no vazio a resposta pra tudo... eu não sinto “nada”!
Realmente o universo não tolera o vazio,
quando não se busca nada, voçe apenas é levado,
há um conforto providencial nessa passividade, prazer e dor se mesclam e o tempo se resume no eterno agora
deus, amor e felicidade, perdem o sentido quando não existe futuro...

Tres acordes eu ouvia, e no vocal:
uma pedra em meu caminho, no caminho havia uma pedra...
e eu me ria, e ria duma pedra que havia em meu caminho...
enquanto o som rolava, cabeças batiam...

e  certo  que quem cantava, nem ligava
se no caminho que ele estava uma pedra havia
e quem ria não sabia da pedra que os esperava
no caminho que se seguia

o riso se tornou lagrima e a pedra, um objetivo
e no vazio do caminho percorrido
um som se ouve no final...

os tres acordes se tornaram dois, e então Aum...
e no silencio do caminho, só o que havia
era uma pedra... em meu caminho...