19 de janeiro de 2010

SONHO.

Começou a chover, trovões ecôam ao longe.
Escura e fria a noite traz o canto de inumeras vozes que despertam ao crepúsculo, noite após noite, sem nunca se repetir.
A Chuva não pára, (sempre) está lá, como um lamento de muitas eras, lagrimas dos remorsos de deus.
Sinto como se faltasse algo, então imagens me vêm a mente, como num sonho, estou num quarto escuro, um medo inexplicável me toma, tento gritar mas não consigo, nenhum som se ouve além da chuva caindo lá fora... Agônia, incapacidade, medo... tudo de uma só vez, me levanto tateando as paredes, sair, procurar uma saida, mas não há portas, nem janelas, não há saida.
Penso que tudo está acabado, a morte é bem vinda e  uma calma repentina toma conta de mim.
Então uma vela se ascende, trazendo uma pálida e tímida luz, que reflete uma linda sombra ao meu lado.
Percebo finalmente, que nunca estive realmente só, e que nada está faltando...
Sempre terei a chuva caindo lá fora...

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